Não lembro a primeira vez que entrei em um teatro, porque minha irmã, Adriana, me levava bastante para assistir peças desde que eu era pequena. Mas sei que sempre me encantei pela arte da atuação vendo filmes na tv, no cinema e indo ao teatro. Até que aos 7 anos fiz uma oficina de fantoches na oficina Sapato Florido, da Casa de Cultura Mario Quintana (Porto Alegre/RS), em 1993. Então eu comecei a gostar mais ainda e vi que era isso o que eu queria. Mas eu ainda queria algo mais...
Adorei brincar com fantoches e criar esta minha bruxinha (eu sempre gostei de bruxas, ao contrário da maioria das crianças, e nunca vi a bruxa como um ser do mal), mas eu queria experimentar as transformações dos personagens em mim. Hoje eu já nem lembro bem como era a história que apresentamos ao final do curso, no Teatro Bruno Kiefer, mas lembro bem da minha angústia de só ouvir as reações da plateia de trás do cenário, e só a minha bruxinha podia ver as pessoas. E lembro da emoção que senti quando a apresentação acabou e a professora nos levou à frente do palco para cumprimentar a plateia. Acho que era isso o que eu queria, EU estar ali, na frente da plateia.
Então meus irmãos me falaram que existe um curso na faculdade chamado "Artes Cênicas", era difícil entrar mas eu podia fazer depois de terminar o colégio. Eu nem sabia o que era "Artes Cênicas", mas com 7 anos eu decidi que ia terminar o colégio e fazer faculdade de "Artes Cênicas".
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