Na faculdade tive três semestres com Dagmar Dornelles, uma grande artista e professora. E com ela participei de algumas performances pelas ruas do centro de Porto Alegre, mais ou menos entre maio e julho de 2006, que consistem em um trabalho que ela chama de "Flores Urbanas". Nesses dias, éramos apenas pessoas de branco que simplesmente param em meio ao caos da cidade...
Algumas palavras que Daggi:
flores urbanas
– idéia de um núcleo de ações multidisciplinares, lançada por Daggi
Dornelles, em agosto de 2003. “Sempre me solicitam que defina flores
urbanas. Não sei por onde ir: para as pessoas, ou uma coisa é grupo, ou
escola, ou associação, ou o que quer que seja e que já esteja em uma
gaveta, ou prestes a acomodar-se em alguma.
Pois
bem, recorram ao dicionário, os termos separados e, depois, juntem tudo
e façam um jardim; um jardim de corpos humanos. Flores que observam,
consideram, refletem e agem a partir do tempo/espaço de um presente e
suas urgências. Dizem que as plantas têm esta sabedoria mais apurada do
que os humanos. Então, somos corpos com desejo de construir algum
presente impregnado da sabedoria das plantas. E florescemos, aqui e
ali, em rebentos da carne sobre o solo estéril do cimento urbano.
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